Yield ultrapassa 4%; especialista em investimentos explica a lucratividade desse tipo de investimento
O rendimento dos dividendos continua sendo algo positivo em 2020, mesmo em meio a pandemia do novo coronavírus, que ocasionou uma volatilidade no mercado financeiro, de acordo com a iHUB Investimentos.
“Mesmo com a queda da bolsa de valores, há empresas que estão com o Yield (rendimento ou lucro) acima de 4%. Apesar de haver uma redução expressiva nos dividendos durante momentos de crise, o pagamento de dividendos pode dar liquidez para que o investidor possa comprar ações a preços mais convidativos. Durante o auge da crise, diversas ações estavam sendo negociadas abaixo do valor patrimonial, que representa um bom indicador de preço baixo”, explica Daniel Funabashi, sócio e assessor de investimentos da iHUB.
Entre janeiro e agosto, as empresas que pagaram os melhores rendimentos foram:
Empresa / Dividendo | Total | Rendimento do dividendo (Yield) em 2020 |
ROMI3 | 0,47 | 4,29% |
HYPE 3 | 0,77 | 2,66% |
CARD3 | 0,16 | 2,42% |
EATL4 | 0,05 | 1% |
POMO3 | 0,03 | 0,92% |
POMO4 | 0,03 | 0,89% |
MYPK3 | 0,19 | 0,82% |
EALT3 | 0,04 | 0,80% |
MOVI3 | 0,09 | 0,63% |
PNVL4 | 1,21 | 0,35% |
BALM3 | 0,04 | 0,32% |
BALM4 | 0,04 | 0,27% |
PNVL3 | 1,1 | 0,25% |
WEGE3 | 0,04 | 0,17% |
Estratégias para montar uma carteira diversificada
Existem empresas que são conhecidas por serem boas pagadoras de dividendos, como Itaúsa (ITSA4), Taesa (TAEE11) e Companhia Energética de Minas Gerais (CMIG4). “Deter o conhecimento sobre os tipos de empresas é um bom ponto de partida, porém para uma boa carteira de ações a diversificação é essencial para mitigar os riscos, apenas buscar ações mais óbvias não basta”, comenta Funabashi.
O investidor precisa analisar bem as empresas, para investir em empresas sólidas, com bom histórico e boas perspectivas de futuro, por exemplo. “Além dos índices que apontam que a empresa tem uma boa saúde financeira, para o investidor que tem foco em dividendos, um indicador muito importante é o Dividend Yield, que mede o percentual que os dividendos correspondem do preço da ação”, explica o assessor de investimentos da iHUB.
Para exemplificar esse cenário, Funabashi explica que uma ação que custa R$10,00, paga um dividendo anual de 0,50, e o Dividend Yield é de 5%. Esse indicador ajuda o investidor a comparar a rentabilidade dos dividendos de diferentes empresas.
Existem diversas estratégias para se alcançar a tão desejada independência financeira, investir em empresas pagadoras de dividendos é uma das estratégias mais testada e comprovada que existe para atingir esse objetivo. “É importante frisar que esse tipo de investimento exige dedicação com a análise periódica das empresas na carteira, e muita disciplina, para reinvestir os dividendos e manter os aportes constantes. Contudo, é um tipo de investimento que compensa em longo prazo”, explica Funabashi.
Para quem não tem esse interesse por analisar os fundamentos das empresas ou não quer ter que ficar monitorando as empresas que compões a carteira, existem fundos de ações com foco em empresas pagadoras de dividendos, que podem ser tão ou até mais rentáveis do que a carteira de um investidor individual, segundo o assessor.
É uma boa hora para investir em dividendos?
“Nos últimos meses, apesar de um aumento expressivo no número de investidores na bolsa, esses investidores estão buscando empresas com grande potencial de valorização no curto prazo, o que vai no sentido oposto da filosofia de investimento em ações que são boas pagadoras de dividendos, que costumam ser menos voláteis”, comenta Funabashi.
Entretanto, é importante frisar que investimentos em bolsa de valores são para o longo-prazo e investir em boas empresas pagadoras de dividendos é uma das estratégias mais vencedoras, pois na fase de acumulação, os dividendos ajudam a turbinar o crescimento, e na fase de aposentadoria, os dividendos servem de renda para o investidor.
“Para os investidores iniciantes, é possível começar a investir com pouco nos dividendos. “Com menos de R$ 10,00 é possível comprar uma ação da ITAÚSA, por exemplo. O importante é ter disciplina, para fazer aportes constantes e ir crescendo o bolo”, explica o assessor de investimentos.
Além disso, é essencial reinvestir os dividendos, pois a diferença entre reinvestir e não reinvestir os dividendos é imensa no longo prazo. “Se duas pessoas tivessem investido R$100,00 em ações da ITAÚSA em 1995, uma delas reinvestindo os dividendos e a outra não, a primeira teria juntado por volta de R$ 18 mil até o final de 2019, enquanto o segundo teria por volta de R$ 5 mil”, complementa Funabashi.
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