*Por Daniel Abrahão
Quando o assunto é investir sempre surgem duas dúvidas: por quanto tempo e onde? Para ter sucesso no planejamento financeiro é importante determinar objetivos claros, junto ao assessor de investimentos, que serão essenciais para conquistar a rentabilidade em curto, médio ou longo prazo.
É importante realizar uma análise individual de cada investidor, devido as peculiaridades que cada um possui, ainda mais porque separar os prazos de investimentos em relação a cada perfil tem seus obstáculos. Abaixo, explico um pouco mais sobre os prazos e os tipos de investimentos.
Curto prazo
O período de investimento é inferior a um ano e possui uma liquidez alta, ou seja, o dinheiro não fica “preso”, e o período de carência para o resgate é curto. Praticamente a partir de qualquer valor já é possível investir, pois não há mais aquela fama de que somente as pessoas com alta renda podem fazer investimentos. O perfil conservador é predominante para investimentos a curto prazo.
Os investimentos de renda fixa como CDB’s com liquides diária, Tesouro Selic e fundos de investimentos são na maioria das vezes ótimas opções, pois ficam restritos a liquidez diária, sem a carência de resgate.
Quando tratamos de renda fixa vale ressaltar, que na maioria das vezes, quanto menor o prazo de investimento, menor será a rentabilidade. Além disso, a taxa é determinante para definir a rentabilidade, de modo geral, essa diferença de taxa está atrelada a qualidade de crédito do emissor do papel, quanto mais seguro o emissor, menor será a taxa, já quanto mais risco do emissor, maior será a taxa.
No caso de fundo de investimentos, existe um mundo de possibilidade, desde fundos de renda fixa referenciados onde fica importante a análise da taxa de administração do fundo. Porém, para fundos multimercados e até de crédito privado, o que deve ser mais considerado para a escolha é a estratégia, histórico e quem são os gestores, por exemplo.
Muitos investidores têm preferência pelo Tesouro Selic, que é conhecido como uma opção clássica no curto prazo. Os fundos de investimentos também são ótimas alternativas e tendem a ser mais vantajosos, devido a liquidez, na maioria dos casos, que o resgate pode ser realizado em até 30 dias.
Admitindo que o investimento de curto prazo seja um investimento conservador, a rentabilidade atualmente deve ser próxima de 2% ao ano. Caso seus investimentos de curto prazo, em ambientes normais, estejam rendendo muito menos que 2% ao ano, fique atento que algo deve estar errado, atenção!
Médio prazo
É um tipo de investimento que temos um leque maior de oportunidades, pois o dinheiro fica retido entre dois e cinco anos e as chances de rentabilidade aumentam.
Os tipos de investimentos disponíveis no médio prazo vão desde renda fixa até fundos multimercados e ações. A escolha dos investimentos estará muito ligada ao perfil de risco do investidor. De acordo com dados da XP Investimentos, de janeiro de 2021, a carteira ideal para um investidor moderado é composta por:
O ideal é consultar um assessor de investimentos para ajudá-lo a personalizar sua carteira de investimentos, adequando a necessidade individual de cada investidor.
Longo prazo
O período de investimento é superior a cinco anos, nesse tipo o investidor tem duas vantagens importantes: as melhores taxas de rentabilidade de forma geral, principalmente para ativos da renda fixa, e a diluição da volatilidade para ativos com maiores riscos, como as ações.
Uma forma de conseguir êxito a longo prazo é por meio de fundos de investimentos. Alguns deles se destacam no horizonte de investimento de longo prazo, são eles:
- Fundos de investimentos em debentures incentivadas: a composição dos ativos desse tipo de fundo são papéis emitidos por empresas de infraestrutura, que normalmente estão atrelados à inflação.
- Fundos de investimentos em ações: a escolha de ações é delegada a um profissional de mercado, chamado gestor, que toma as decisões de investimentos.
- Fundos multimercado: esse é o tipo de fundo de investimentos que permite misturar diversas classes de investimentos, desde renda fixa até as ações.
Reforço que cada investidor possui características diferentes como, idade, momento de vida e principalmente expectativas de conquistas financeiras de curto, médio e longo prazo. Todas essas peculiaridades devem ser bem analisadas.
*Daniel Abrahão é assessor de investimentos e sócio da iHUB Investimentos, escritório de assessoria de investimentos credenciado à XP, a maior plataforma de investimentos da América Latina.
Link da matéria: https://www.jornaldecuritiba.com/2021/01/como-investir-no-curto-medio-e-longo.html