Em maio de 2018, após alguns dias de paralisação nas estradas com a greve dos caminhoneiros, o #mercadofinanceiro entrou em modo “PÂNICO”, com ‘SELL OFF’ dos #ativos de risco, diante do receio de impeachment do ex-presidente Temer, intervenção nas Estatais, controle de preços, etc.
Nesse período, a #bolsadevalores caiu mais de 20% e o #dólar disparou. Os jornais noticiavam o caos, os postos de gasolina estavam com filas quilométricas e a recuperação #econômica e do ambiente de #negócios ficaram no limbo.
Naquele momento era inviável apostar em uma recuperação da Bolsa e, muito menos, na baixa do #dólar, mas os corajosos foram premiados com uma alta de mais de 50% nos 12 meses seguintes.
Para efeitos comparativos: HOJE em um bom #fundoderendafixa são necessários oito anos para ter uma #rentabilidade semelhante.
Um caso semelhante ocorreu também em maio de 2017, quando os áudios vazados da delação de Joesley Batista colocou Temer no foco central da #mídia e da #OperaçãoLavaJato. O mundo desabou em uma noite e a mínima daquele dia nunca mais foi atingida, ou seja, quem comprou naquele fatídico dia, depois de alguns meses, ganhou bastante dinheiro.
Em um caso específico, podemos ver a que #Vale, diante do incidente de Brumadinho, fez o papel abrir no dia seguinte com queda de quase 25%, chegando à #cotação de 42,00 reais. Apenas três meses depois voltou aos 53,00 reais, uma alta de 26%.
O contrário também é valido, uma década atrás os #analistas recomendavam os papéis da #OGX como a nova #Petrobras, só que privatizada e muito mais eficiente. Em um mundo voraz por #petróleo não poderia existir outra cia mais interessante para se ter as #ações. Alguns anos se passaram e a promessa mostrou-se um desastre #financeiro. Com poços que não atingiram nem 20% da produção prevista e com dívidas que ficaram impagáveis no momento em que a empresa ficou operacional. Em poucos #pregões as #ações tenderam a valores perto de zero. Muita gente (pessoa física) perdeu boa parte do patrimônio acreditando na competência de Eike Batista.
As #ações da #Cielo apenas três anos atrás eram consideradas as melhores da Bolsa por muitos #analistas e #investidores. Empresa incrivelmente eficiente, com margens gigantescas em um setor com pouca concorrência e aparentemente muita barreira de entrada. A #tecnologia provou o contrário, e uma enxurrada de novos players neste mercado tiraram market-share da empresa, comprimindo as margens e colocando em xeque(ameaça) até mesmo o futuro da empresa nos próximos anos. Os papéis custavam 26,00 reais quando eram recomendados, hoje vale perto de 7,00 reais, uma queda de quase 75%.
O que podemos CONSTATAR é que em todos esses casos,”a decisão a ser tomada”, seja compra ou venda, foi totalmente contra intuitiva com relação ao noticiário e até mesmo com relação à opinião dos #analistas e #especialistas no assunto. Em todos esses anos de mercado tenho a sensação que acompanhar diariamente as #notícias, principalmente em momentos de #crise ou desastre acaba por superestimar seus efeitos e fazer com que as decisões tomadas, principalmente quando corroboradas pelos #especialistas, se mostram equivocadas após alguns breves meses.
Sabendo disso, #recomendo a todos que estão ingressando no #mercadofinanceiro que:
”Não se deixem levar por #notícias ou efeitos de fluxo de manada que, frequentemente, assolam nossa #economia. As marés mudam rápido e devemos ter isso em mente quando o pior parece estar acontecendo.
Paulo Cunha 